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Quando falamos de peer-to-peer, ou ponto a ponto em bom português, estamos nos referindo a um modelo de rede no qual cada computador é tanto cliente quanto servidor. Imagine que, em vez de depender de um único servidor central, cada participante contribui para o funcionamento do sistema. Isso muda tudo, especialmente no mundo das criptomoedas, em que as transações podem acontecer diretamente entre os usuários, sem um intermediário no caminho, dentro de uma plataforma de investimento.

Esse conceito começou a ganhar força com o surgimento do Bitcoin em 2008, quando Satoshi Nakamoto, o pseudônimo utilizado pela pessoa ou grupo de pessoas que o criaram, descreveu a criptomoeda como um sistema de dinheiro eletrônico que funciona de maneira P2P. O que isso significa na prática? Que você pode enviar e receber bitcoins diretamente de outra pessoa, sem que um banco ou corretora precise se meter nos negócios. É como trocar figurinhas com um amigo, só que com dinheiro digital.

Este conteúdo não é uma recomendação de investimento.

O que este artigo aborda:

Peer-to-peer: entenda o conceito e a sua conexão com as criptomoedas
Peer-to-peer: entenda o conceito e a sua conexão com as criptomoedas
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Como funciona a rede peer-to-peer?

Imagine um grupo de amigos compartilhando suas músicas. Cada um possui algumas faixas e, ao se conectarem, todos conseguem acessar e baixar o que os outros têm. Isso é uma rede P2P. Cada computador participa, oferecendo e consumindo dados ao mesmo tempo. O Torrent, por exemplo, usa essa lógica para compartilhar arquivos.

No entanto, essa liberdade tem seu lado complicado. Luis C. E. Bona, professor de informática, explica que é desafiador controlar o que está sendo compartilhado. A qualidade do conteúdo pode variar, e o risco de encontrar informações erradas ou enganosas aumenta. A solução veio com implementação de mecanismos como o proof-of-work, que é uma das principais formas que contribuem para a segurança da blockchain.

Blockchain e peer-to-peer

A blockchain é uma espécie de livro de registro público que mantém todas as transações de forma segura e transparente. Cada vez que alguém realiza uma transação, ela é registrada em um bloco, o qual é adicionado à cadeia.

Para que essa operação ocorra, é necessário resolver um desafio criptográfico — é aí que entra o proof-of-work e muitos outros modelos de consensos que são capazes de promover segurança da rede além de permitir transações P2P. Esse tipo de sistema dificulta a ação de golpistas, pois, para fraudar a rede, como a do Bitcoin, seria preciso um poder computacional colossal, algo que não vale o investimento.

Como o P2P impacta nas operações com criptomoedas?

No universo das criptomoedas, o P2P transforma a forma como compramos e vendemos ativos digitais. Em vez de ir a uma corretora, você pode negociar diretamente com outras pessoas. Isso torna o processo mais flexível e, em muitos casos, mais barato. As transações são feitas via aplicativos de mensagens ou plataformas dedicadas, como LocalBitcoins ou Paxful, as quais funcionam como marketplaces para conectar compradores e vendedores.

Vantagens e desvantagens do P2P

As negociações P2P têm seus atrativos. A rapidez é o grande ponto positivo: sem um intermediário, você pode completar uma transação em minutos, dependendo da rede blockchain que você utilizar. Além disso, as taxas costumam ser mais baixas do que as cobradas pelas exchanges e há espaço para negociação de preços.

Por outro lado, essa liberdade traz riscos. Sem uma entidade para garantir a transação, você pode acabar caindo em golpes. É vital fazer sua lição de casa e escolher vendedores confiáveis. Conhecimento também é crucial: entender como funciona o mercado de criptomoedas e como operar de forma segura é fundamental para evitar surpresas desagradáveis.

Como evitar golpes?

A chave para negociar com segurança é sempre pesquisar sobre o vendedor. Plataformas que reúnem negociantes frequentemente têm rankings de reputação, e é uma boa prática conversar com outras pessoas que já fizeram negócios com ele.

Outra dica valiosa ao optar por realizar transações P2P é começar com testes de envio. Ao identificar um comprador com boa reputação, priorize transações de valores baixos inicialmente. Somente após estabelecer confiança e segurança, considere realizar compras ou vendas de valores mais altos.

Assim, você pode se sentir mais confiante e seguro ao longo do tempo ao negociar criptomoedas. Ah, e lembre-se de não cair em promessas milagrosas, não existe retorno garantido no universo das criptomoedas.

A diferença entre mineração, P2P e exchanges

Muitos confundem esses termos. A mineração refere-se ao processo que coloca novas criptomoedas em circulação, enquanto a P2P é o modelo de transação direta entre usuários. Já as exchanges são plataformas nas quais você compra, vende e armazena criptomoedas, como a Binance e o Mercado Bitcoin.

P2P é seguro?

Como tudo na vida, o P2P tem seus riscos. Há sempre vulnerabilidades que hackers podem explorar, e muitos golpes acontecem pela falta de segurança nas transações. A responsabilidade pela segurança é sua: pesquise bem, mantenha seu software atualizado e evite baixar coisas suspeitas. Em suma, o P2P pode ser mais rápido e flexível, mas exige cuidado redobrado.

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